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A MORTE DA MORTE II

Salvador Bonomo

6 de maio de 2020
em Artigos, Bastidores, Blogs e Colunas
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A MORTE DA MORTE II
Salvador Bonomo É Ex-Deputado estadual e Promotor de Justiça inativo

Laurent Alexandre, médico francês, escreveu “A Morte da Morte”, em 2018, Editora Manole Ltda., tema já versado pelo israelense Yuval Noah Harari, professor de História da Universidade de Jerusalém, alusivo ao progresso da medicina, rumo à imortalidade.

Hoje, admite-se que a Idade Média corresponde ao período de 476 e 1.500, onde e quando se viviam apenas 35 anos. Entre nós, na década de 1920, viviam-se 40 anos, ao passo que, hoje, vivem-se 76, prevendo-se que já nasceu quem viverá 1.000 anos, e que, logo, superará Matusalém, que, segundo o Antigo Testamento, viveu 969 anos.

A morte era vista como inevitável: lei universal. Porém, a medicina biotecnicocientífica [NBIC = Nanotecnologia, Biologia, Informática e Ciências cognitivas (inteligência artificial e ciência do cérebro)], nega: a morte será uma escolha, não um destino.

Aliás, há cientistas que já afirmam que, face à evolução da Biotecnologia, dimanará da medicina deste século clonagem terapêutica – eufemismo de “terapia celular” – apoiada, não obrigatoriamente, no uso de células-tronco (da juventude), que ensejará à medicina substituir a lógica da reparação pela lógica da regeneração, cuja concretização é prevista para as próximas duas décadas.

Nanotecnologia é a tecnologia da manipulação de átomos e de moléculas. É ciência que estuda e cria materiais e processos, através de reestruturação atômica. Conforme estudos, a Nanotecnologia suplantará a nova etapa da medicina biotecnológica. Aliás, o avanço biotecnicocientífico é de tal ordem que se pode afirmar que esta geração é um marco temporal: fim de uma era (morte é destino) e começo de outra (morte, escolha).

Laurent afirma que a Biotecnologia já manipula o corpo humano e depende somente de poucas décadas para transpor os obstáculos rumo à imortalidade. Para os cientistas transumanistas, dever-se-ia usar-se tecnologia e ciência, valorizando-se físico e mente, pois velhice e doença, não sendo fatais, visam à imortalidade, que, tendo sido um mito até início de XXI, está prestes a transformar-se em realidade.

A expectativa é que a medicina biotecnológica e as NBIC ((Nanotecnologia, Biologia, Informática e Ciências cognitivas (inteligência artificial e ciência do cérebro) produzirão profunda ruptura, que transformará a ordem vigente. Aliás, já se prevê que, durante o século XXI, ocorrerão mais mudanças do que as que ocorreram nos últimos milênios.

Até o século XX, a medicina era a de Hipócrates: de massa, cujo método era bastante aleatório, pois, apoiado em noções de saúde e doença, são e patológico, paciente e diagnóstico, sintomas etc. As tecnologias NBIC tornarão obsoleto o método clássico. Já, em virtude da evolução, a medicina do século XXI mudará radicalmente, pois, fulcrada nos “4P” (Preditiva, Preventiva, Personalizada e Participativa), rumo inexorável à medicina personalizada e preventiva: cura antes de adoecer.

Aliás, não tardará muito para que os tratamentos sejam testados em computadores, pois, por esse método, a primeira simulação médica convincente sobre diabetes se concretizou em 2010. É previsto, ainda, que, na medicina personalizada, os respectivos remédios serão fabricados “sob medida”, ou seja, de modo personalizados.

O homem começou a dominar a natureza há 10 mil anos, iniciando pela Agricultura, mas só há poucas décadas iniciou a intervir nos seres vivos – animal e vegetal – graças à Biologia, ocorrendo somente nas partes afetadas, degradadas.

Aliás, graças ao cérebro, somos fruto de processo seletivo, segundo lição de Charles Darwin, pai da teoria evolucionista. No século XXI, o dilema dos humanistas será o modo de administrar a “pós-seleção natural” darwiniana, sem que venham a ocorrer mudanças irreversíveis na Humanidade.

Urge relevar-se que o paradigma da energia será substituído pelo das NBIC, com o que, dominados o saber, o comportamento, o controle das comunicações e das informações, por óbvio, tudo será possível: ditar as regras de hábitos às regras de regimes políticos, quando, então, será inaugurada a era do TecnoPoder: quem viver, verá!

Concluindo, averbo, porque oportuno e pertinente, dicção do saudoso padre Antônio Vieira (1608-1697): “O livro é um mundo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive”.

 

Vitória, ES, 11.01.2020

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