Por André Aquino
Em alta no mercado internacional, o setor de rochas ornamentais no Brasil segue sendo destaque. Em grande parte, esse resultado se deve ao desempenho da produção do Espírito Santo, que permaneceu como o principal exportador com cerca de 80% do total – quase US$800 milhões em vendas.
Tal desempenho contribui para que o Brasil ocupe a 4ª posição entre os países produtores de rochas ornamentais, de acordo com a Associação Brasileira de Rochas Ornamentais – Abirochas. Estados Unidos, China, Itália, México e Canadá são, respectivamente, os principais parceiros comerciais do Espírito Santo.
Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira
Na última segunda-feira, 23, o governador Renato Casagrande assinou, em Milão na Itália, um acordo de colaboração com a Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira. O objetivo é garantir apoio aos empresários e aos negócios nos dois países.
O acordo lança luz para a possibilidade de aumento do número de negócios do setor de rochas do Estado com a Itália. O executivo do Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Espirito Santo – Sindirochas, Celmo de Freitas está otimista.
“Um acordo equilibrado sempre traz boas oportunidades. Estamos avaliando os termos estabelecidos e aguardando a formação do Grupo de Trabalho, previsto no acordo, para que possamos ter uma visão mais realista das possibilidades, as quais temos expectativas que sejam positivas”, afirma.

Conselho de Desenvolvimento da Região Noroeste
Outra medida do Governo do Estado considerada positiva por Celmo de Freitas e que deixa empresários do setor de rochas animados foi a recente implantação do Conselho Regional de Desenvolvimento da Região Noroeste, em Nova Venécia. O Conselho surge como um facilitador para as demandas do setor.
“O Governo do Estado, ao criar os conselhos regionais de desenvolvimento, busca descentralizar o desenvolvimento do Estado ouvindo as demandas e potencialidades regionais. Nesse sentido o Conselho recentemente criado pode e deve colaborar não só com o acordo de cooperação Ítalo-Brasileiro assinado, mas em diversas outras frentes”, ressalta Celmo de Freitas lembrando também que a situação fiscal do Estado facilita as negociações com o mercado externo. “Uma boa situação fiscal demonstra a seriedade com que a máquina pública é tratada, trazendo uma boa perspectiva quanto ao ambiente de negócios em que se está inserido”.
Evolução do setor
Segundo o executivo do Sindirochas, a infraestrutura do setor de rochas ornamentais no Estado evolui constantemente com base em um eficiente parque industrial. Mas, a indústria precisa se adequar para atender ao aumento da demanda.
“Nosso parque industrial permite levar ao mundo a beleza das rochas ornamentais brasileiras. O ponto de atenção está em continuar na evolução dos seus processos de extração, beneficiamento e comercialização, focando na qualificação de sua mão de obra, aumento da produtividade e agregação de valor ao material exportado”.

Acordo Brasil/Itália
No acordo assinado entre o Governo do Espírito Santo e a Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira, o Governo fica responsável por oferecer suporte aos empresários italianos que queiram investir no Estado, inclusive em ações junto aos órgãos federais, estaduais e municipais.
O acordo terá duração de quatro anos e prevê investimentos para novos negócios entre o Espírito Santo e a Itália. As partes vão estabelecer um grupo de trabalho para a realização de um plano com o objetivo de atingir os objetivos propostos.
