A chamada “Internet das Coisas” parece ter ficado para trás em meio ao surgimento de uma série de novos conceitos para definir a era da alta velocidade do 5G. Na Mobile World Congress, em Barcelona, Espanha, a maior feira do setor no mundo, expressões como “Internet do Corpo”, “Internet de Tudo” e “Internet dos Céus” chegaram com força.
Para especialistas, a razão desses novos conceitos é simples: gerar o máximo possível de receita, para além dos pacotes de voz e internet.
Na Internet do Corpo, o investimento é em relógios, óculos e fones de ouvidos com softwares capazes de vender novos serviços, gerando aplicações para a área de saúde e experiências de realidade virtual.
“O objetivo é fazer com que a inteligência artificial fique menos artificial e mais inteligente”, disse José Ángel Gurría, secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O banco de investimentos Goldman Sachs estima que só a realidade imersiva gere US$ 45 bilhões (R$ 169,94 bi) nos próximos seis anos em negócios. Já a chinesa Huawei calcula que esses serviços podem aumentar o número de clientes para as teles e empresas de conteúdo em 440 milhões até 2025.
Segundo Sandro Paiva, diretor para Desenvolvimento de Negócios da empresa, serão mais de 8 bilhões de wearables conectados, como óculos, fones e relógios.
Segundo o diretor de Engenharia da Oi, André Ituassu, a Internet dos Corpos vem evoluindo para usar o corpo humano como uma nova plataforma tecnológica, seja com microchips para monitoramento pessoal, seja via pílulas inteligentes para diagnósticos avançados.
“Apesar de muitas estarem ainda em estágio embrionário, certamente serão transformadoras quando operacionais”, disse Ituassu.
Já a chamada Internet dos Céus traz drones conectados e aeronaves não tripuladas. Na feira, foram apresentados diversos modelos, que podem ser usados para entrega de encomendas, inspeções aéreas, mapeamento de regiões e na segurança pública.
De acordo com a GSMA, associação que reúne operadoras em todo o mundo, o desafio é suportar, em tempo real, a transmissão de dados a partir de câmeras e sensores.
A previsão é de o mercado de drones chegar a US$ 33,9 bi (R$ 128 bi) em 2026, movimentando 539% mais que os US$ 5,3 bi (R$ 20 bi) de 2016, informou a Huawei. Fonte: Tribuna on line